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Tempo de falar e tempo de calar

Ao mesmo tempo que é um elo de união e cura, a palavra pode ser uma arma que fere muitos corações se for mal utilizada.

Muitas vezes é desnecessário e inconveniente dizer o que pensamos. Desgasta e não leva a nada. Mas há ocasiões em que essa é a melhor maneira de ajudar alguém a amadurecer e a enxergar determinadas realidades de um ponto de vista diferente. Se em alguns casos calar é sinal de prudência e maturidade, em outros é demonstração de omissão e fraqueza. Por isso, o livro do Eclesiastes diz: “Há um tempo para cada coisa. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo de chorar e tempo de rir. Tempo de calar e tempo de falar”. (Eclesiates 3:2-7)

Não há regra definida. Tudo depende do contexto, da situação e do momento. A grande questão não é, portanto, falar ou calar: é saber o que a circunstância exige. Eu uso a palavra “exige” porque qualquer passo fora dessa linha de bom discernimento conduzirá inevitavelmente a equívocos nada compensadores. É preciso estar atento.

Por vezes, somos tentados a emitir juízos e opiniões quando o melhor seria apenas o silêncio e o distanciamento. Tenho visto amizades se desfazerem por escolhas desastradas. Tenho visto casais enfrentarem grandes crises por causa do peso da palavra dita de forma errada e no momento inconveniente. Tenho visto parentes se digladiarem por causa da imprudência verbal de uma pessoa, até então, querida. O preço pago pela palavra mal-usada é sempre muito caro. A palavra pode ser o elo que une pessoas opostas. Pode ser a faca que produz ferida que nunca mais cicatriza. É capaz de levar paz e cura aos corações sofridos.

Pode gerar dor e morte. Enfim, a palavra pode ser a mesma, mas produzir efeitos inversos.  Que tal de hoje em diante não pensarmos apenas no que vamos dizer, mas na conveniência de cada palavra? Tenho certeza de que muitas vezes silenciaremos. Em outras, diremos apenas o necessário. Seja como for, nos deixaremos guiar pelo bom senso, pela verdade, pelo amor e pela paz da alma, que nunca se engana.

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