Do concreto ao abstrato.
Neurociência comprova a importância da matemática visual
Maria Montessori foi uma educadora à frente do seu tempo. A construção do Sistema Montessori se deu , entre outros méritos, pela percepção da Doutora Montessori em trazer para o universo concreto da criança noções abstratas, para que elas, ao manipular, tocar e sentir em suas mãos objetos que a ajudavam a “visualizar” desafios, abria uma “porta” cognitiva e permitiam que, a seu tempo, conceitos e saberes fossem sedimentados mentalmente.
Hoje, cada vez mais, cientistas devotados à Neurociência comprovam o que Maria Montessori já dizia há muito tempo.
O site Mentalidade Matemáticas – Brasil, publicou a matéria: Neurociência comprova a importância da matemática visual, apontando estudos que mostram que contar nos dedos não é um problema, e que a abordagem com imagens eleva autoconfiança e compreensão profunda dos alunos.
Já no parágrafo inicial, o artigo aponta:
“Ainda há quem diga que é errado usar os dedos para fazer contas, e que a matemática visual é indicada apenas para os anos iniciais da escola, como se fosse apenas uma fase introdutória. Para Jo Boaler, professora da Universidade Stanford e cofundadora do Youcubed, essa e outras crenças são falsas. Seus estudos sobre aprendizagem e neurociência demonstram que a “matemática visual” ajuda os alunos a ganhar autoconfiança e a ter acesso a compreensões novas e profundas.”
E o texto explica:
“Para desmitificar o uso dos dedos na aprendizagem de matemática, por exemplo, Jo Boaler se apoia na neurociência. Os pesquisadores Ilaria Berteletti e James R. Booth investigaram a área somatossensorial do cérebro, que lida com a percepção e a representação dos dedos. Eles descobriram que crianças entre 8 e 13 anos têm a área somatossensorial ativada ao receberem problemas complexos de subtração, mesmo sem usarem as mãos para contagem. A mesma área é ativada em cálculos mais complexos.
Os neurocientistas recomendam que as escolas – em vez de reprimir – incentivem a identificação dos dedos. Para eles, o desenvolvimento do cérebro no aprendizado de matemática passa pela contagem e também no reconhecimento de cada dedo (polegar, indicador, médio, anular e mínimo). Isso não significa contar com os dedos para sempre, mas usar os dedos é crucial para o desenvolvimento cerebral.”
Recomendamos aos pais e demais interessados na leitura desse artigo. O link para essa leitura se encontra ao final dessa matéria, basta clicar na imagem.
Mentalidade Matemáticas é um produto do Programa Mentalidades Matemáticas, organizado pelo Instituto Sidarta, uma organização sem fins lucrativos, fundado em 1998, e que tem como objetivo contribuir para alterar as políticas públicas educacionais, desenvolvendo pesquisas, realizando projetos, implementando e disseminando ações que promovam uma educação para a equidade.